CANTIGAS
Capoeira
Dona Maria do Comboata Jogo de dentro Jogo de Fora Le Le Le Baiana Faca de Tucum Baiano Bom Bananeira Caiu Eu Sou Angoleiro Paranaue Ai, ai, aidê Sai, sai, Catarina A Manteiga Derramou Boa Viagem A Canoa Virou Chora Capoeira, Capoeira Chora CAPOEIRA VEIO AQUI Cruz credo CHULA Arraial d'Ajuda Angola, Eh, Eh, Eh Ê vai você, vai você E de manhã Me da meu dinheiro Moleque é tu Fação bateu embaixo O que e' um berimbau Leva morena me leva Santo Antonio é protetor Capoeira é Beleza Quem vem là sou eu | Curva de Rio Noite sem Lua Seu Moço Não Jogue Comigo La Vai, La Vai o Sol Idalina O Menino é Bom Ô Inga da Ingazeira Marinheiro só Lá vai viola Camungerê São Bento me chama Abalou Capoeira, Abalou Capoeira de São Salvador Cobra Malvada Canarinho d'Alemanha Iôiô Aluande CAJUÊ Oi, sim sim sim Caiman Nhem, nhem, nhem Devagar Capoeira, capu Zum zum zum Luanda é Saci Pererê Vim la da Bahia p'ra lhe ver Bate palma pra ele |
E QUADRAS PARA ANGOLA
I
Vou dizer ao meu senhor
Que a manteiga derramou
A manteiga não é minha
A manteiga é de ioiô
Coro: Vou dizer ao meu senhor
Que a manteiga derramou
Ê, a manteiga não é minha
A manteiga é de ioiô
Ô, a manteiga não é minha
A manteiga derramou
Ô, a manteiga não é minha
Caiu no chão e derramou
Que a manteiga derramou
A manteiga não é minha
A manteiga é de ioiô
Coro: Vou dizer ao meu senhor
Que a manteiga derramou
Ê, a manteiga não é minha
A manteiga é de ioiô
Ô, a manteiga não é minha
A manteiga derramou
Ô, a manteiga não é minha
Caiu no chão e derramou
II
Vem jogar mais eu, vem jogar mais eu, irmão meu
Vem jogar mais eu, irmão meu, vem jogar mais eu,irmão meu
Vem jogar mais eu, vem jogar mais eu, irmão meu
Vem jogar mais eu, irmão meu, vem jogar mais eu,irmão meu
Vem jogar mais eu, vem jogar mais eu,
meu irmão
meu irmão
Vem jogar mais eu, mano meu, vem jogar
mais eu, minha irmã
mais eu, minha irmã
III
Vamo apanhar areia
(mestre moraes)
Vamo apanhar areia
Vamo apanhar areia no mar
O navio ta esperando no mar
Vamo apanhar areia no mar
Pra poder apanhar areia no mar
Eu vou ter que ir lá pedir a Iemanjá
Vamo apanhar areia
Vamo apanhar areia no mar
Vamo pegar areia no mar
Ah vamo apanhar areia no mar
Vamo apanhar areia
Vamo apanhar areia no mar
Oiá vamo pegar areia no mar
Ah vamo apanhar areia no mar
Vamo apanhar areia
Vamo apanhar areia no mar
Oiá vamo pegar areia no mar
Ah vamo apanhar areia no mar
Vamo apanhar areia
Vamo apanhar areia no mar
Oiá vamo pegar areia no mar
Ah vamo apanhar areia no mar
IV
Devagarinho, devagarinho
Devagar devagarinho
Devagarinho, devagarinho
Devagar com o velhinho
Devagarinho bem de mansinho
Devagarinho, devagarinho
V
Bem miudinho cuidado
Esse jogo de Angola é mandiga
Esse jogo de Angola é mandiga
Esse jogo de Angola é mandiga
Bem miudinho cuidado
O meu mestre já tinha me avisado
Esse jogo de Angola é mandiga.
VI
Valha meu Deus, senhor São Bento
Buraco velho tem cobra dentro
Valha meu Deus, senhor São Bento
A cobra morde senhor São Bento
Valha meu Deus, senhor São Bento
VII
Dona Maria do Camboata
Ela pega na venda, ela manda botar
Dona Maria do Camboata
Do Camboata, do Camboata
Ela chaga na venda ela manda botá
Dona Maria do Camboata
VIII
Oi nega que vende aí
Que vende aí, o que vende aí
Oi nega que vende aí
Vende arroz e camarão
Oi nega que vende aí
Vende arroz do maranhão
Oi nega que vende aí
IX
Panhe esse gunga, ou me vende ou e dê
Esse gunga é meu foi meu pai que me deu
Panhe esse gunga, ou me vende, ou me dê
Gunga é meu, Gunga é meu
Panhe esse gunga, ou me vende, ou me dê
Eu nem vendo, nem preste, nem dou,
Esse gunga é meu foi meu pai que me deu
Panhe esse gunga, ou me vende, ou me dê
X
O meu facão passou em baixo
A bananeira caiu
Mas meu facão passou em cima
A bananeira caiu
Mas meu facão passou no meio
A bananeira caiu
O meu facão era de aço
A bananeira caiu
Cai, cai Cai bananeira
A bananeira caiu
Cai cai de qulalquer maneira
A bananeira caiu
XI
Jogo de dentro
Jogo de fora
joga bonito
Esse jogo é Angola...
XII
Canarinho da Alemanha,
Quem matou meu curió?
Eu jogo capoeira mas seu Bimba é o maior
XIII
Oi, sim, sim, sim, oi não, não, não
Mas hoje tem amanha não
Olha pisada de lampião
Oi, sim, sim, sim, oi não, não, não
Vou mimbora Capoeira,
Hoje tem amanhã não
XIV
Tem dendê, tem dendê
No jogo de Angola, tem dendê
Na bahia, tem dendê
Tem dendê, tem dendê
XV
Iê Paraná, Iê Paraná
Paraná, Paranágua, Paraná
Iê Paraná, Iê Paraná
Paraná, Paranáé, Paraná
Iê Paraná, Iê Paraná
XVI
Camunjéré
Como vai como está?
Camunjéré
Como vai vosmicê?
Camunjéré
Como vai de saúde?
Camunjéré
Eu vim aqui pra lhe vê
Camunjéré
XVII
Lemba ê, lemba
Lemba do barro vermelho
Lemba ê, o lemba
Lemba do vermelho barro
Lemba ê, o lemba
XVIII
A onça morreu, a onça morreu
A onça morreu, mas o matou é meu
A onça morreu, a onça morreu
XIX
O yaya mandou dar
Uma volta só
O que volta danada
Uma volta s
O me leva, O me volta
O que volta danada
Uma volta só
O yaya mandou dá
Uma volta só
XX
Vou mandar, eu vou
Cajuéiro
Vou mandar lóia
Cajuéiro
XXI
Sai, sai, sai Catarina
Saia do mar venha ver Idalina
Saia do mar
Venha ver, venha ver
XXII
O Beira mar, yoyo, o Beira yaya
Beira mar, yoyo, o Beira yaya
O Beira mar, yoyo, o Beira yaya
Beira mar, yoyo, o Beira yaya
O beira mar, beira mar é de yoyo
O beira mar é de yaya
XXIII
Onde vai caiman ?
Caiman, caiman
Onde vai caiman?
Vai para ilha de Maré
Onde vai caiman
XXIV
Saia do mar
saia do mar marinheiro
Saia do mar,
Ô Saia do mar marinheiro
Saia do mar,
saia do mar estrangeiro
Saia do mar
Ô Saia do mar estrangeiro
XXV
Eu vim do Congo, passei por Angola, cheguei aqui hoje, quero vadiar Angola
Quero vadiar Angola,quero vadiar Angola,
cheguei aqui hoje, eu quero vadiar Angola
Eu vim do Congo, passei por Angola, cheguei aqui hoje, quero vadiar Angola
XXVI
Sou eu Humaitá
sou eu Humaitá sou eu
Sou eu Humaitá
XXVII
É é é, dum dum dum
Olha pisada de lampião
É é é, dum dum dum
Lampião matou mais um
É é é, dum dum dum
Lampião subiu na serra
XXVIII
A canoa virou, marinheiro
Olha no fundo do mar tem dinheiro
A canoa virou, marinheiro
O dinheiro, o dinheiro, o dinheiro
A canoa virou, marinheiro
FUNDAMENTOS
A CAPOEIRA NÃO É SÓ FEITO DE MOVIMENTAÇÕES PRA LÁ E PRA CÁ ,EXISTE A PARTE TEÓRICA DE ONDE VEIO ,E PARA QUE VEIO ..
POR ISTO EXISTE OS FUNDAMENTOS ,EXPLICANDO A HISTORIA E ESTE ESTILO DE CAPOEIRA.
OS SIMBOLISMOS NO RITUAL DA CAPOEIRA ANGOLA
Dentro de seus vários simbolismos, na CHAMADA DE ANGOLA, “chamar” o camarada no jogo não é apenas apresentar-lhe um desafio, é também chamá-lo para seu mundo, é dizer: “camarada, aceita o desafio de caminhar comigo... mas abra do olho, porque caminhar comigo é um desafio, porém, é algo prazeroso. São duas dimensões na caminhada humana: o ser amoroso e espinhento”.
É o contato aproximado, o momento para demonstrar toda a malícia e a mandinga no desafio ao outro, todo momento é importante, toda atenção é necessária, há vários códigos, várias linguagens..é um jogo de olhar, um jogo de cintura..um pequeno descuido e pode ser fatal. Deve-se ter cuidado de quando, onde e com quem fazer a chamada...fazer uma chamada para um jogador mais experiente e malicioso talvez não seja bom negócio.
O jogo da capoeira angola é um jogo de paciência, de observação. A chamada de angola serve para o capoeirista também observar o outro, sentir sua energia.
É o contato aproximado, o momento para demonstrar toda a malícia e a mandinga no desafio ao outro, todo momento é importante, toda atenção é necessária, há vários códigos, várias linguagens..é um jogo de olhar, um jogo de cintura..um pequeno descuido e pode ser fatal. Deve-se ter cuidado de quando, onde e com quem fazer a chamada...fazer uma chamada para um jogador mais experiente e malicioso talvez não seja bom negócio.
O jogo da capoeira angola é um jogo de paciência, de observação. A chamada de angola serve para o capoeirista também observar o outro, sentir sua energia.
POTENCIALIDADE POLÍTICO-PEDAGÓGICA DA LUTA NÃO VIOLENTA
Capoeira angola: brincadeira de escravo na ânsia de libertação. Capoeira é luta, pois é historicamente um movimento físico-cultural de resistência, que objetivamente oferece perigo como possibilidade ao seu oponente, porém, é a sua potencialidade de luta não-violenta que traz uma grande inovação nas tecnologias de enfrentamento dos problemas sociais. Ela pode ser utilizada na superação de um paradigma de concorrência e competição para outro de colaboração.
Na luta não violenta, um adversário torna-se companheiro de jogo e não há intenção de eliminá-lo, mas sim, a partir do diálogo corporal ambos saírem vitoriosos. Não existe vitória na humilhação do outro. Essa é a mudança de paradigma fundamental. A ideologia dominante nos fez acreditar nesse conceito equivocado de vitória e assim convergimos nossa energia na direção horizontal. Quando o foco da luta muda para um objeto subjetivo, a luta é contra a opressão que atinge a todos os companheiros de jogo. Por isso é que ao “Pé do berimbau” é importante pedir proteção coletiva, proteção ao jogo.
A ESPONTANEIDADE, ORIGINALIDADE, INDIVIDUALIDADE, A CRIATIVIDADE, IDENTIDADE
O processo criativo em nossa sociedade torna-se desafiante porque estamos acostumados a recorrer a modelos, a algo previamente estabelecido.
Numa sociedade capitalista “globalizada” a chamada otimização dos processos produtivos impôs aos homens e mulheres regras prontas, roteiros, manuais de como fazer, padronizou procedimentos, uniformizou ações e atitudes.
Na guerra apelativa dos mercados, as empresas se esforçam para impor noções de estéticas e de moda, influenciam no nosso mundo subjetivo. Nessa guerra do consumo, os produtos descartáveis e de fácil consumo estão expostos em todos os lugares. Somos forçados a deletar idéias, crenças, vínculos profundos em nome da “renovação” afinal, precisamos descartar para novamente consumir. Enfim, muitas empresas capitalistas aproximam o conceito de “cidadão” ao de “unidade consumidora”.
Este modelo de produção-consumo torna-se insustentável por que é perdulária, violentamente excludente, o que faculta o aparecimento de um exército de pessoas despossuídas e humilhadas e uma situação de violência urbana. A violência urbana é fruto do estranhamento do ser humano para com seus próximo, fruto de uma visão reducionista e anti-solidária das relações sociais. Junte-se a isso o estresse da vida diária, o corre-corre, as obrigações complexas...
A capoeira angola serve como terapia natural para estas tensões humanas elencadas acima. A sua idéia de respeito a ancestralidade, sua aproximação com a mãe-terra sugere uma relação ecológica com a vida, ou seja, considera-se as infinitas inter-relações, a consciência da interdependência e das ligações solidárias na formação de uma nova identidade social comum a todos os homens e mulheres.
ESPONTANEIDADE
Ser espontâneo é ter a possibilidade de inspirar e expirar o seu EU sem medo do que há de vir. Há que se quebrar várias amarras em busca do SER, muitas vezes escravizados pelas normas sociais e pelas modas. Ser espontâneo é sorrir, é expressar-se despreocupada e cristalinamente. Espontaneidade é quando nossa essência fala por nós!
A capoeira angola estimula a espontaneidade quando nos coloca no caminho de volta às nossas raízes, à nossa essência, à nossa origem perto da terra. O molejo, a dança e a teatralidade, a ludicidade do jogo são elementos que estimulam a espontaneidade. O bom angoleiro joga com espontaneidade.
ORIGINALIDADE
A necessidade de descobrir novas saídas para os movimentos envolventes, de evitar as receitas e modelos pré-fabricados faz com que acapoeira angola seja ferramenta para desenvolver a originalidade. Originalidade está necessariamente ligada a individualidade. Cada um deve garimpar dentro de si a fim de encontrar seus próprios diamantes e fazê-los brilhar, ninguém pode facultar originalidade a outrem. Se assim pudesse, não seria mais originalidade. Originalidade é exatamente o que cada um tem de diferente para a construção de um mundo múltiplo e cheio de possibilidades. Para que o mundo evolua sempre alguém precisará ter idéias e atitudes inéditas, originais. E para que cada um assuma o peso de ser único e original, é necessário uma autonomia enorme, seja ela intelectual, material ou psicológica. Autonomia não quer dizer egoísmo. Pelo contrário, pessoas autônomas são peças importantes na sinergia de qualquer projeto humano.
CRIATIVIDADE
Todas estes conceitos humanos estão relacionados entre si. É se utilizando da originalidade e da espontaneidade que as pessoas podem propor idéias, atitudes, projetos criativos, soluções criativas. A roda de capoeira é um mini-laboratório do mundo, e é dentro desse laboratório que o capoeira deve ajuntar os elementos para construir algo necessário, inusitado, colorido, adequado, simples... O ser criativo tem uma intensa ligação com os elementos do meio, parece ser antenado com o céu e com a terra. Porém, a criatividade precisa também de momentos de gestação, precisa de esforço espontâneo, de uma intenção continuada para criar.
IDENTIDADE
Conceito hoje dúbio, escorregadio. Os ventos do mundo pós-moderno querem arrastar todas as máscaras de identidade ou mesmo fazer com que a cada dia ela mude. Os ventos da globalização querem desterritorializar os homens e seus valores. Há que se identificar até onde isso é benéfico ou maléfico. Se considerarmos a identidade coletiva de uma comunidade, podemos notar que mais socialmente vulnerável a todos os tipos de mazelas é a comunidade que perdeu sua identidade, sua ligação com a terra e com seus cidadãos e cidadãs. Capoeira angola é ligação com a terra e isto sugere vários tipos de correlações úteis no fortalecimento cultural de uma comunidade.
FORMAÇÃO DOS INSTRUMENTOS
O Ritual I -
A bateria em muitas rodas tradicionais de capoeira angola é formada por oito instrumentos: 02 pandeiros, 03 berimbaus, 01 atabaque, 01 agogô, 01 reco-reco.
Na casa de mestre Naldinho, a disposição dos instrumentos é como representado acima.
O gunga ou berra-boi começa tocando o toque cadenciado de angola. Logo após entra o médio (em algumas casas tb chamado de viola) tocando a angola invertida, ou seja, o são bento pequeno de angola. Logo após entra o berimbau viola (ou violinha, em algumas casas) que faz os dobrados. Depois é a vez dos pandeiros, sendo que os dois tem que conversar e se "entenderem" pois quando um faz os dobrados o outro está no toque básico. Entra o reco-reco e depois o agogô.
O cantador dá início a ladainha.
Em algumas casas o atabaque entra na louvação ou então após todos os nstrumentos. Quando o atabaque entra logo após os outros instrumentos, o tocador deve ter o cuidado para não "bater" alto, pois o barulho pode atrapalhar a ladainha. Por isso, em muitas casas, o atabaque entra após a ladainha, seja no corrido ou na louvação da ladainha (pra quem não sabe o que é louvação, é aquela parte final da ladainha em que o solista canta; "Iê, viva meu Deus!...Iê, viva meu mestre...).
Quem manda no ritual geralmente é mesmo o gunga (o berimbau que fala mais grave e alto). Ele que aumenta o ritmo, ele que indica a mudança de toque, ele que chama os jogadores...Segundo mestre Naldinho, em sua casa, quando o gunga aumenta o ritmo, é indicatido para o médio mudar o toque, de são bento pequeno, para são bento grande de angola.
O reco-reco "dobra" com o agogô, ou seja, quando um faz os dobrados, o outro fica no toque base e assim sucessivamente.
O atabaque marca o ritmo fundamental, como se fosse as batidas do coração.
A bateria em muitas rodas tradicionais de capoeira angola é formada por oito instrumentos: 02 pandeiros, 03 berimbaus, 01 atabaque, 01 agogô, 01 reco-reco.
Na casa de mestre Naldinho, a disposição dos instrumentos é como representado acima.
O gunga ou berra-boi começa tocando o toque cadenciado de angola. Logo após entra o médio (em algumas casas tb chamado de viola) tocando a angola invertida, ou seja, o são bento pequeno de angola. Logo após entra o berimbau viola (ou violinha, em algumas casas) que faz os dobrados. Depois é a vez dos pandeiros, sendo que os dois tem que conversar e se "entenderem" pois quando um faz os dobrados o outro está no toque básico. Entra o reco-reco e depois o agogô.
O cantador dá início a ladainha.
Em algumas casas o atabaque entra na louvação ou então após todos os nstrumentos. Quando o atabaque entra logo após os outros instrumentos, o tocador deve ter o cuidado para não "bater" alto, pois o barulho pode atrapalhar a ladainha. Por isso, em muitas casas, o atabaque entra após a ladainha, seja no corrido ou na louvação da ladainha (pra quem não sabe o que é louvação, é aquela parte final da ladainha em que o solista canta; "Iê, viva meu Deus!...Iê, viva meu mestre...).
Quem manda no ritual geralmente é mesmo o gunga (o berimbau que fala mais grave e alto). Ele que aumenta o ritmo, ele que indica a mudança de toque, ele que chama os jogadores...Segundo mestre Naldinho, em sua casa, quando o gunga aumenta o ritmo, é indicatido para o médio mudar o toque, de são bento pequeno, para são bento grande de angola.
O reco-reco "dobra" com o agogô, ou seja, quando um faz os dobrados, o outro fica no toque base e assim sucessivamente.
O atabaque marca o ritmo fundamental, como se fosse as batidas do coração.
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